The way i see the world

Olá,

Sou a Sandra tudo bem?

Olho e vejo-te, vejo-te para além do que é visível,

Olho com atenção para o teu EU,

Essa tua forma que surge de um misto de tecidos que te envolve num fundo de vazio.

Chego perto e observo-te melhor, tens cor, tens vida….  faço um zoom+ e penetro-te numa viagem visionaria, trespasso o tecido, afogo-me nos teus fluidos, acordo no teu mais pequeno ser, a tua célula, olho em volta e vejo tantas outras, tu fazes isto, e tu aquilo, somos todas mães desempenhamos funções vitais e  Boom!!!, quase que morres e antes disso eu salto mais profundo, para uma rede mais complexa, olha são tantos, tantos, no meio parecem gemas de ovo carregadas de positivismo e neutralismo, á sua volta existem nuvens, todas elas com um grande número de pintinhas, aliás o numero de pintinhas é igual ao numero da soma do positivismo e neutralismo, essa pintinhas estão carregadas de negativismo,

Positivismo vs. Negativismo… Eles puxam-se e repulsam-se, criando assim uma estabilidade, entre eles e o espaço, eu aqui e tu ai, mas…as pintinhas tem nomes são electrões que saltitam nas suas orbitais quase que num dança frenética, Ziuuuu, o que é isto? Quando saltitas de um lado para o outro liberta-se algo…fotões? Isso é energia não é? Para onde vai? Para onde vai? Para o espaço vazio.

Então mas o espaço vazio deixa de ser vazio, ou não, talvez ele nunca tenha sido vazio, está cheio desta energia? Será mas aquele fundo então não é vazio talvez seja ele que te dê forma.

Aliás talvez seja ele que permita que eu te veja. Zoom- ,- ,- e…

Estás diferente, o teu tecido enrrugou, mas eles continuavam a trabalhar! Como? Elas deixaram de se reproduzir, como se reproduziam antes, morriam mais do que nasciam? Mas eles continuaram a trabalhar da mesma forma….

Talvez, talvez tu sejas eterna, o teu corpo não ,mas tu sim, tu iras permanecer aqui, o teu pensamento não morre, nunca morre, ficarás no vazio naquele vazio que não é vazio, não sairão palavras, até porque não terás boca, mas o pensamento perdurará pois eles não morrem, eles continuam a trabalhar, e tu ficas cá, eu também, eu já te vi, conheço-te és energia, Tudo o resto é ilusão tu és o pensamento e não a inteligência, tu és a energia e não o corpo tu és, nós somos tudo aquilo que não vemos, nós ficamos aqui eternamente e eles sempre a trabalhar…

entre um e muitos

Imaginei sair de casa e ir até ao C.E.M sem haver um único coração a bater no caminho,a casa sem ninguém, a rua sem ninguém, o autocarro sem ninguém, o metro sem ninguém, a praça da figueira sem ninguém, o C.E.M sem ninguém.. De repente senti medo, angustia, pois naquele silencio tenebrososo os únicos sons que ouvia eram o acelerado bater do meu coração na ansiedade de encontrar alguém e os meus pensamentos.

Dou-me conta de que todos os que tocam os nossos caminhos fazem parte da nossa história e da nossa existência, senti falta daquilo que mais me enerva, o som alto da televisão assistida pela Micaela, o bater da bola lançada pelo Miguel contra a parede, as implicâncias do meu companheiro, os ralhetes rabugentos da minha mãe, o olhar cuscuvilheiro da senhoria, as histórias e lamentos no autocarro, os passos acelerados no metro,o frenesi da praça da Figueira, aquela musica da Mariana, os falares uns sobre os outros das mulheres e até a minha própria voz.

Entendi, que embora caminhos diferentes, pessoas diferentes, as que conhecemos e as que não conhecemos,musicas diferentes, maneiras de ser diferentes, todos balançam em conjunto como um só, num circulo que se abre deixando surgir histórias e que se fecha criando um vazio central como se fosse um refugio que pode ser ocupado por qualquer um ou por todos.

 

Deixamos de ser EU e os Outros e passamos a ser Nós,tocamos o espaço, o caminho, as pessoas, os corpos, as musicas, as histórias, a vida.
Esta história não é minha é nossa!!!

toca-feira

No último sábado houve o primeiro Toca-feira, encontro intergeracional do projecto TOCA na Casa dos Amigos do Minho, ao Intendente. 

Estive lá presente com minha família e a meu ver, pelo menos pela parte do nosso núcleo (Inter) achei que foi um sucesso! Aquelas mulheres todas ali??? Até a Branquinho foi!!!! É um feito histórico! Quanto aos outros núcleos, senti falta de crianças e em especial de velhinhos, pois eu adoro experiência e eles, melhor que ninguém tem experiências de vida e historias que me fazem voar no tempo. Quanto ao resto, acho que a Noveloteca deveria ter sido cá em baixo para haver uma maior relação entre os espaços e quem os ocupa.

E não menos importante ou talvez de maior importância mesmo, achei que houve algumas pessoas da equipa que se juntaram muito umas com as outras quase que não interagindo ou interagindo muito pouco com o público-alvo, e acho que nós equipa é que devemos chegar perto, conviver e incentivar para que  surjam relações entre todos.

Agora a minha opinião como mulher do Inter, adorei a experiência, o facto de estar ali com a minha melhor amiga, relembrar algumas das coisas que nos fazíamos e organizávamos, voltei a ser menina! Estar com os meus filhos também foi bom, a Micaela adorou a ideia da radionovela (ela adora novelas, e adora inventar histórias e dar asas à imaginação), e está tão ansiosa como eu para ver (ouvir) a “Simplesmente Albertina” estrear (e está com esperanças também de participar, pois o sonho dela é ser actriz). Quanto ao Miguel, para já ganhou um novo amigo, o Lyncoln, e chegou a casa, todo contente e ansioso por contar a todos que tinha feito uma entrevista à mãe na rádio e que o microfone era grande, e que o Lyncoln tinha um rádio que “rodava” para tocar, foi pouco o que ele falou na entrevista mas já deu para ele partilhar uma história, e o primeiro contacto com uma rádio para ele já fica uma memória.

Nada mais a acrescentar ou talvez mais mil e uma coisas por dizer, mas agora vou-me que tenho de ir deitar os meninos…

entre gerações

As relações familiares, são as relações que mais nos ficam na memória.

Embora os laços entre pais e filhos sejam muito fortes, existe um laço que me intriga, não só pela sua força, mas também pela sua facilidade em criar coisas novas pelos seus intervenientes enquanto seres, refiro-me aos laços tão entrelaçados entre avós e netos.

No verão passado(2009),os meus filhos(Miguel e Micaela) conheceram pela primeira vez o seu avô paterno, bem como o país em que ele habita, a Roménia, a comunicação oral não foi fácil, mas sempre tinham o pai para dar uma ajuda na tradução. A adaptação à nova cultura, bem como aos hábitos e à língua foram graduais e no final das férias já era como se estivessem em casa.

No verão de 2010 fomos novamente à Roménia, desta vez fui sozinha com os meninos, e tal era a excitação que numa viagem de 3 dias de autocarro não vi um sinal de cansaço ou exaustão por parte deles a única pergunta repetitiva do Miguel era: “Quem é que nos vai buscar?É o bonic1,é o bonic?”Chegando à Roménia,depois de um banho relaxante, fomos presenteados como uma sopa de cartof2 e uns pimentos recheados feitos pela minha sogra. Depois de uma tarde e uma noite bem dormidas, já os meninos tinham tomado o pequeno almoço, levanto-me e deparo-me com algo no mínimo “estranho” naquela casa, o meu sogro estava a apanhar a roupa da corda e tinha um “ajudante” especial o Miguel. Fui para a cozinha tomei o pequeno almoço na companhia da minha sogra e quando estava a beber o café, ao mesmo tempo que lhe mostrava as fotos da viagem na minha máquina fotográfica perguntei-lhe porque estavam aqueles dois “machistas” a apanhar a roupa (na Roménia ainda está muito enraizado aquela situação em que “existem” tarefas que são só das mulheres e vice-versa), nesse instante o Miguel abre a porta da cozinha e grita: “SURPRESA”, puxa a mão do avô, e com ar muito maroto apresenta nos o avô vestido com o soutien da avó que ele lhe havia colocado. Ao ver o meu sogro com aquele ar de “tenho que me aguentar porque NÃO, não é resposta aceite pelo miúdo”, agarrei na máquina e capturei aquele momento em que mostra a tal facilidade em criar coisas novas enquanto seres na relação de avós e netos, pois em casos ditos de “normais” nunca o meu sogro teria tido uma acção tão “efeminada”, como apanhar a roupa e muito menos colocar aquele vestuário exclusivamente feminino com um ar de quem gostou da brincadeira.

1Avô (em romeno)

2Batata(em romeno)

atomos

pensamento espaço vazio energia

teste

aqui terá histórias

Hello world!

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